ENCRUZILHADA
Na encruzilhada da vida ajoelho e rezo:
Iansã, venha me valer. Dai-me força, fôlego e fogo Para me curar e crescer, Curar-me de mim mesmo. Dai-me força Para livrar-me de meus monstros: Eles me assustam. Dai-me fôlego Para correr atrás dos sonhos. Dai-me fogo Para cicatrizar minhas feridas E curar-me dos estragos Provocados por minhas fragilidades. Hoje fui para a cozinha: Assei peixe e batatas com pimentões Para três de minhas dezenas de filhos Espalhados pela vida nesse mundão de Ogum: (Gostaria de todos perto). Bebi pequena dose de uca Só para matar a saudade do pai E lembrar de nossas viagens Em noites insones no seu leito derradeiro. Saravá, meu pai! Penso que decisão tomaria nesta esquina, Que rota sugeriria nesta vida ladina. Mas a cura é minha. Deixe que eu siga, Dou conta de mim.
Paulo Cezar S Ventura
Enviado por Paulo Cezar S Ventura em 05/02/2020
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