SAMBA DO COVIDIÁRIO
Este ano fiquei sem tato Sem beijo, sem abraço, Quase sem contato Preso em casa, no laço. Sair de casa só mascarado Espiando por uma fenda Através de óculo embaçado Só assim entrava na venda. Olhos acima da máscara Pouco abaixo do chapéu Para sair de minha chácara E ir andando ao léu. Tanto cuidado e mesmo assim Peguei Covid dezenove Ela se instalou em mim Tirei a prova dos nove. Sem cheirar minha neguinha O problema não é só a dor Falta o gosto da cachacinha Ainda bem que tenho amor. Este ano... Paulo Cezar S Ventura
Enviado por Paulo Cezar S Ventura em 09/12/2020
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